O projeto do Governo Federal que inclui incorporação do município de menos de 5.000 habitantes ao município vizinho, unificando-os deverá naturalmente ser bastante polemico .
Manda o bom senso que é uma medida necessária, tendo-se em conta o quanto custa ao erário, sob o ponto de vista da economia.
Transcrevemos, a respeito, o que consta do livro PORTA DO SERTÃO:
“A politica de interesse de grupos tem prejudicado visceralmente nossa região. Glebas que deveriam integrar um só município subdividem-se ao capricho de políticos dos distritos administrativos. Essas subdivisões enfraquecem os velhos municípios e não levam progresso aos novos. Eis que eles abrangem área com identidade socioeconômica, no contexto fisiográfico da região natural em que se incluem.
O desdobramento para a formação de novos municípios, previsto em nossa Carta Magna, deveria visar a uma melhor organização dessas unidades administrativas. Mas, na maioria dos casos, o que prevalece é o interesse de oligarquias municipais.
No caso particular de Nazaré, o que restou do núcleo inicial da sesmaria de Fernão Cabral de Ataíde? Apenas 224 quilômetros quadrados. Incrível redução de um município que, no começo, estendia suas terras do litoral até o Jiquiriçá, no sertão, constituindo-se numa de suas portas na definição de Rui”.